Vítor de Braga, cujo nome foi atribuído a uma das maiores paróquias da cidade de Braga e cuja igreja é um dos mais belos exemplos da arte barroca em Portugal, é um santo mártir e pouco mais se sabe da sua vida.
Era um cristão em território romano, no século IV, aquando das perseguições de Dioclesiano. Este jovem foi decapitado após renunciar ao politeísmo reinante.
D. Rodrigo da Cunha, que foi arcebispo de Braga entre 1627 e 1635 descreve a vida de São Vítor. Era natural de uma aldeia perto de Braga chamada Paços, sendo mancebo, era catecúmeno, e antes de receber o batismo já vivia como cristão, abominando os ídolos e zombando da sua falsa divindade.
Um dia de abril saiu para os campos e encontrou um cortejo dos Gentios à deusa Ceres e ao deus Silvano. Foi convidado para integrar o cortejo mas Vítor recusou dizendo que estava a fazer o noviciado para ser cristão. Perante a recusa, o povo amotinou-se e clamou vingança à deusa Ceres e a Silvano.
Foi levado ao governador Sérgio onde Vítor reafirmou a sua fé. Uma atitude que lhe valeu a tortura e a morte. A sentença foi executada sobre a ponte de pedra do rio Este, junto à capela atual de São Vítor-o-Velho. Um lugar que desde tempos antiquíssimos é chamado “Goladas”, constando na tradição, que este nome lhe veio por o Santo aí ter sido degolado.
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