Era bispo de Ravena quando, por ocasião de uma invasão bárbara, afastou-se do continente com numerosos fugitivos. É considerado um dos fundadores da cidade de Veneza.
Ravenna foi a terceira capital do Império Romano do Ocidente (402-476), depois de Roma e de Milão (286-402); aí o último imperador romano, Rômulo Augusto foi destronado por Odoacro, que o humilhou publicamente, fazendo-o desfilar prisioneiro, vestido de camponês.
Teodorico o Grande, rei bárbaro que destruiu as pretensões de outros invasores, teria sido cativado pela cidade e a elegeu como sua capital, embelezando a sua corte com aspectos arquitetônicos bizantinos, protegendo artistas de renome, sábios e eruditos que o presentearam elevando-a à outrora grandeza imperial, pérola do seu reino bárbaro, em pleno século V. Nesta cidade, encontra-se a magnífica catedral em estilo gótico, que foi concebida para dignificar o Imperador Teodósio I, o seu primeiro grande morador. Nesta cidade encontram-se, ainda hoje, resquícios das grandes muralhas que foram erguidas para defender o importante arcebispado que existiu no século X.
Importante rota comercial e militar, Ravenna, sempre foi palco de intrigas palacianas. Conhecida por ser, durante os séculos VIII até XIX, como uma notória concorrente da cidade de Roma pelo prestígio de ser aclamada como sede do Império Romano e depois séculos depois, centro cultural de primeira importância com o estabelecimento provisório do Sacro Império Romano-Germânico. Carlos Magno descansava nesta cidade durante as campanhas bélicas que empreendia, e baseada na imponente catedral erguida a Teodósio, ergueu ele mesmo uma para si. E foi por ele escolhida como a primeira capital política antes de se estabelecer em Aachen.
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